Ela pertence à espécie de mulheres que possuem um só amor em toda a sua vida. Ou amam de verdade apenas uma vez. Seria espécie de mulheres ou a maioria assim o é, mesmo sem o saber?
Também há homens de eterno amor, embora o machismo e as deformações de sua cultura e comportamento nem sempre os convença de tal. Ou não convença a maioria. Ou será que o fato de serem colocadores de semente por determinismo biológico os leva a não prestar a devida atenção à sua destinação para o amor?
No meio da conversa ela diz, de repente, que só gostou de verdade de um homem e eis que vai buscar lá entre papéis amassados, daqueles que esturricam o couro das carteiras, não um mas três retratos dele, que espalha, qual cartas de baralho, sobre a mesa do restaurante. E fala dele com a mistura de ternura e tristeza que assaltam as mulheres que não lograram viver com o seu amor, casar-se com ele, ter seus filhos, viver em função dele e dela, unidos, pois esta é a verdadeira vontade e destinação da mulher: viver ao lado do verdadeiro amor.
Sim, elas vivem de modo proibido se necessário, casam-se com outro, têm filhos, os amam fundamente, mas a verdade de seu ser é a do amor verdadeiro, até porque mulher vive para amar e por amor, o resto se ajeita. Podem até deixar seu amor dormitar por anos e parecer serenado. Volta, porém a qualquer apelo ou menção do nome dele, encontro fortuito na rua com um conhecido dos tempos do namoro ou da relação.
Como são comoventes e lindas na sua integralidade bíblica as mulheres quando expressam para os demais ou para si mesmas, o amor de suas vidas ou quando consultam, escondido, os retratos guardados, recortes, flores secas, a memória úmida das restantes lembranças em momentos de silêncio e solidão!
Abençoados sejam, porque são, os homens e as mulheres que na passagem por esta vida receberam um dia de alguém, ou deram, um amor único, original e definitivo. Abençoados sejam e para todo o sempre. Como o amor que existe apesar de todas as ternas e dolorosas circunstâncias que não impedem a sua verdade mas em muitos casos esmagam a sua plena realização.
Criticas, elogios, sugestões. Recados q na maioria das vzs são deixados pessoalmente e q os recebo com um carinho tão grande, q me transborda o peito. Por vzs, n ignoro os olhos silenciosos, q como os teus, devem estar assistindo atentamente a dança das minhas palavras e, silenciosamente tbm desejo q elas te tragam um pouco dessa alegria e inspiração. E se você se inspirar pode me deixar um recado, afinal também tenho um lado de escritor carente!rsrs !!!WELCOME TO MY SIMPLE LIFE!!!
Wednesday, April 26, 2006
Amor Maduro!!! (J®$)
O amor maduro não é menor em intensidade. Ele é apenas silencioso. Não é menor em extensão. É mais definido, colorido e poetizado. Não carece de demonstrações: presenteia com a verdade do sentimento. Não precisa de presenças exigidas: amplia-se com as ausências significantes.
O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo. Mas vive dos problemas da felicidade. Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem e o prazer. Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro. Na felicidade está o encontro de peles, o ficar com o gosto da boca e do cheiro, está a compreensão antecipada, a adivinhação, o presente de valor interior, a emoção vivida em conjunto, os discursos silenciosos da percepção, o prazer de conviver, o equilíbrio de carne e de espírito.O amor maduro é a valorização do melhor do outro e a relação com a parte salva de cada pessoa. Ele vive do que não morreu mesmo tendo ficado para depois. Vive do que fermentou, criando dimensões novas para sentimentos antigos, jardins abandonados e cheios de sementes. Ele não pede, tem. Não reivindica, consegue. Não percebe, recebe.
Não exige, dá. Não pergunta, adivinha. Existe para fazer feliz.
O amor maduro cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilusão. Basta-se com o todo do pouco, não precisa e nem quer nada do muito. Está relacionado com a vida e sua incompletude, por isso é pleno em cada ninharia por ele transformada em paraíso. É feito de compreensão, música e mistério. É a forma sublime de ser adulto e a forma adulta de ser sublime e criança. É o sol de outono: nítido, mas doce. Luminoso, sem ofuscar. Suave, mas definido. Discreto, mas certo. Um sol que aquece até queimar...
O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo. Mas vive dos problemas da felicidade. Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem e o prazer. Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro. Na felicidade está o encontro de peles, o ficar com o gosto da boca e do cheiro, está a compreensão antecipada, a adivinhação, o presente de valor interior, a emoção vivida em conjunto, os discursos silenciosos da percepção, o prazer de conviver, o equilíbrio de carne e de espírito.O amor maduro é a valorização do melhor do outro e a relação com a parte salva de cada pessoa. Ele vive do que não morreu mesmo tendo ficado para depois. Vive do que fermentou, criando dimensões novas para sentimentos antigos, jardins abandonados e cheios de sementes. Ele não pede, tem. Não reivindica, consegue. Não percebe, recebe.
Não exige, dá. Não pergunta, adivinha. Existe para fazer feliz.
O amor maduro cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilusão. Basta-se com o todo do pouco, não precisa e nem quer nada do muito. Está relacionado com a vida e sua incompletude, por isso é pleno em cada ninharia por ele transformada em paraíso. É feito de compreensão, música e mistério. É a forma sublime de ser adulto e a forma adulta de ser sublime e criança. É o sol de outono: nítido, mas doce. Luminoso, sem ofuscar. Suave, mas definido. Discreto, mas certo. Um sol que aquece até queimar...
Amor platônico!!! (J®$)
Que estranhos mecanismos serão estes, capazes de mobilizar os cantinhos mais escondidos e impenetráveis de nossa alma, fazendo-nos alimentar um amor sabido impossível?O amor platônico só fica platônico quando impossível. Mas é tanto maior quanto mais impossível. Pode já ter sido vivido. Pode nunca ter sido vivido.Pode vir a ser vivido um dia. Pode não ser vivido jamais. Mas só fica platônico no momento em que é impossível. Ou difícil. Ocasião em que parece crescer.Parece que a realização do sentimento (torná-lo real, palpável, etc.) é o impulso mais dinâmico de quem tem um amor na vida. Poucos sabem viver o seu amor a despeito da realidade externa. Tal impulso é o que faz esse amor sobreviver, às vezes por toda uma existência.Por fora sem possibilidades. Em carne viva lá dentro. Por dentro com possibilidades. Quanto tempo durará?O amor é um sentimento. E como todo sentimento – positivo ou negativo, agradável ou penoso – precisa de alimentação, de estímulo para continuar intenso, vivo, existente. Se não, morre. Realizar-se ou não, ambos são estímulos do amor. Daí tanto sofrimento. O que explica, então, ele se manter vivo apesar da não-realização, da ausência de respostas vindas do ser amado?O que faz com que ele viva, atue e inunde a gente?Nós mesmos. Somos vítimas e heróis do nosso amor. Por isso merecemos sofrê-lo tanto quanto senti-lo, felizes. Por isso merecemos vivê-lo, por outro lado. Nós o mantemos vivo. Nós o alimentamos. Nós, inconscientemente, o tornamos tão inundante quanto precioso. Vital como o próprio sangue.Presente.O amor é inesgotável e sem solução porque nós somos inesgotáveis e sem solução.O ser humano é capaz de amar anos e anos a fio sem nem sequer ver, encontrar ou falar com a pessoa amada. E, o que é pior, mantém o amor a qualquer preço. Masoquismo ou neurose? Necessidade de um estímulo de vida ou esperança de um dia realizar? Mais amor pelo sentimento do que pelo objeto amado ou simples defesa?Só após a sua cota de doação e só após todos os embates resultantes do lado negativo existente em qualquer relação, o amor proporciona a maravilhosa sensação de plenitude e não de sofrimento como muitos pensam.Mas supor o amor apenas como um sentimento inebriante é acreditar muito pouco na própria capacidade de amar. Amor não é sempre feliz, amor que é amor começa a partir do que não encaixa. Até encaixar... felizmente. Quem vê o amor só como alegria não acredita nele
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